O perigo do cloro nas águas de aquário 30/07/2018 em Notícias Ter um aquário exige muito cuidado e atenção, principalmente em relação à qualidade da água usada no tanque e seus componentes, inclusive o cloro. Sob efeito dele, os peixes ficam apáticos, ofegantes, com nado irregular, às vezes na superfície da água, ou parados no fundo do aquário. Entenda o perigo do cloro nas águas de aquário. Não há como saber com exatidão essa estatística, mas o primeiro impacto que a maioria dos aquaristas iniciantes sofre diz respeito à perda de peixes causada por água nova da torneira. É a velha história: na loja de aquários, diante da beleza de tantas espécies de peixes e plantas, as crianças, jovens e até adultos se entusiasmam e terminam comprando o que bem lhes apetece. Em seguida, vem o maior erro: a compra do aquário e dos materiais juntamente com alguns peixes em um saquinho. Infelizmente, a água usada naquele aquário novo é a da torneira mesmo, ou do chuveiro, o que dá na mesma. Muitos não sabem, mas essa “água nova da torneira” é altamente tóxica aos pequenos peixes. Mas, por que é perigoso para os peixes? O perigo é que as águas tratadas das cidades recebem certa quantidade de cloro para matar as bactérias nocivas e tratar a matéria orgânica (servindo de desinfetante para os coliformes fecais). Claro, existe um índice mínimo de cloro indicado pelo Governo para as águas serem chamadas de “tratadas”, mas as quantidades variam muito. O cloro é um agente bactericida. É adicionado durante o tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros micro-organismos que podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve conter, de acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas por litro) de cloro residual. O valor máximo de cloro residual tolerado na água para consumo no Brasil é de 2,0 mg/L. Mas não é tão incomum que algumas cidades estejam consumindo águas com bem mais cloro que isso, sendo perceptível pelo odor, coloração turva azulada, irritação dos olhos e garganta, além da pele e mucosas. A substância clorada geralmente utilizada para a esterilização da água é o Hipoclorito de Sódio (NaClO), que é também o principal agente presente na Lixívia ou Água sanitária, para lavagem e branqueamento de roupas, por exemplo. O problema é que cada cidade de nosso país tem uma diferença em quantidade de cloro residual nas suas águas. Isso depende da qualidade da água de seus reservatórios: quanto mais poluída ou suja a água for, mais cloro é adicionado. Em seu tratamento, a água ainda recebe cal e flúor, além de cloro. Por isso, nem sempre os anti-cloro colocados nos aquários recém-montados funcionam a contento, pelo menos, na quantidade indicada na bula. É possível eliminar o cloro nas águas de aquário? Muita gente não sabe que o cloro é injetado na água na forma de gás liquefeito, e portanto, capaz de evaporar para a atmosfera com o passar do tempo. Por isso, a água da torneira descansada por dois ou três dias terá praticamente eliminado o seu cloro. Ás vezes pequenos detalhes na manutenção do aquário farão toda diferença: no momento da TPA, muitos utilizam água direto da torneira. Mesmo que seja utilizado algum condicionador nessa água, o cloro não será totalmente eliminado. Ainda assim, essas substâncias podem retirar maior parte do cloro, mas deixam a amônia, mortal para os peixes. Uma solução, caso use água direto da torneira, é não passar de 10% no volume da troca, para os efeitos serem minorados. Realmente, o cloro na água tratada não só reage com outros materiais, quanto existe em outras formas, como as cloraminas, substâncias que se formam da reação da amônia e cloro, na água. A adição de amônia em água onde haja cloro livre gera as cloraminas (mono-, di- e tri-cloraminas, sendo esta última menos fatal aos seres vivos), perigosas para a biologia do aquário. As cloraminas são mais estáveis que o cloro gasoso, permanecendo um bom tempo ativas na água. Por isso, é bom o aquarista avisado pesquisar a qualidade da água abastecida em sua região, a fim de não ter surpresas indesejáveis quando for condicionar a água para uso em aquários. Um meio eficaz de eliminar cloraminas é o uso de um filtro com carvão ativado (no caso de água para beber, usar um filtro de ozônio); segundo as fontes, as cloraminas não alteram o pH da água, produzem poucos compostos orgânicos e deixam odor e sabor da água menos agressivos que os do cloro puro. Dicas importantes: Não coloque os peixes em água de torneira recém colhida, se não quiser perdê-los; Não confie sempre em substâncias desclorificantes, por respeito à vida dos peixes; Deixe o seu aquário ciclando por uns 10 a 20 dias, cheio, montado e sem peixes, e com tudo funcionando, do filtro, bomba à iluminação. As plantas já podem estar no aquário nesse período, pois ajudam a biologia do sistema equilibrar. Paciência aqui é o segredo; Sempre tenha um depósito limpo, tampado, com água descansada, pronta para uso. Será importante por causa das trocas parciais necessárias. No final das contas, a maior ameaça no aquarismo é a falta de informação sobre a vida aquática, a qualidade da água, os peixes, seus hábitos e sua manutenção adequada. Aqui falamos um pouco sobre qual é a melhor água para aquário. Se você precisa saber mais sobre a manutenção do aquário, esse artigo vai te ajudar. Quer saber mais? Mande um email para analisesdeaguas@laboratoriocavalieri.com.br ou ligue para (32) 3215-5724 Adaptado de: aquaonline.com.br
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